É comum recebermos pacientes com dor no ombro, muitas vezes já com diagnóstico de síndrome do impacto (também chamada de síndrome do impacto subacromial), que chegam dizendo estar “cansados da fisioterapia”. Essa sensação é compreensível, já que conviver com dor e não perceber melhora imediata pode gerar frustração.

Imagem criada por IA (Chat GPT-5)

No entanto, é importante esclarecer que a fisioterapia não deve ser vista como algo que “terceiriza” o cuidado médico. Pelo contrário, a decisão de encaminhar o paciente para fisioterapia faz parte de um raciocínio clínico que tem um objetivo bem definido: tratar a dor e recuperar a função do ombro de forma eficaz e duradoura.

O que é a síndrome do impacto?

A síndrome do impacto do ombro é uma das causas mais comuns de dor nessa região. Os sintomas geralmente incluem dor na parte anterior e lateral do ombro, que pode piorar ao levantar o braço ou realizar movimentos acima da cabeça.

Fisioterapia funciona mesmo?

De acordo com estudos científicos de alta qualidade, a resposta é sim, desde que feita da forma correta.

Um trabalho publicado em 2017 no British Journal of Sports Medicine mostrou que programas de fisioterapia com exercícios específicos e direcionados são mais eficazes na redução da dor do que protocolos genéricos ou sem exercícios ativos.

Além disso, a literatura médica atual é clara: a fisioterapia deve ser o tratamento inicial e principal para a síndrome do impacto.

Como deve ser a fisioterapia para dar certo?

Os melhores resultados dor estudos foram observados quando o tratamento é feito com:

Exercícios de fortalecimento dos músculos do manguito rotador e da escápula; Correção da postura escapular; Recuperação da mobilidade do ombro.

Mais do que seguir um “protocolo”, o tratamento precisa ser individualizado, respeitando as dores, limitações e expectativas de cada paciente.

Se você tem dor no ombro e recebeu o diagnóstico de síndrome do impacto, saiba que a fisioterapia continua sendo a primeira e melhor opção de tratamento. A melhora pode levar algum tempo, mas é o caminho mais seguro e eficaz para recuperar a função do ombro e evitar procedimentos desnecessários.

📚 Referências principais:

Steuri R, Sattelmayer M, Elsig S, et al. Effectiveness of Conservative Interventions Including Exercise, Manual Therapy and Medical Management in Adults With Shoulder Impingement: A Systematic Review and Meta-Analysis of RCTS. Br J Sports Med. 2017;51(18):1340-1347. Rhon DI, Boyles RB, Cleland JA.

One-Year Outcome of Subacromial Corticosteroid Injection Compared With Manual Physical Therapy for the Management of the Unilateral Shoulder Impingement Syndrome: A Pragmatic Randomized Trial. Ann Intern Med. 2014;161(3):161-9.


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